Roma e Lácio, 560 a.C.
Por volta de 560 a.C., Servio Tullio consolidou a supremacia romana sobre o Lácio através de uma estratégia que combinava expansão militar e habilidade diplomática.
O rei convocou uma assembleia dos nobres latinos e propôs a construção conjunta de um templo dedicado a Diana em Roma. A proposta foi aceita. O santuário seria compartilhado por romanos e latinos, unindo os povos através do culto comum.
Esta iniciativa religiosa resolveu tacitamente uma questão política há muito debatida: se Roma deveria ou não ser reconhecida como capital da região. Ao estabelecer o templo de Diana em território romano, Servio garantiu que a cidade se tornasse o centro religioso e, por extensão, político do Lácio.
Internamente, o rei enfrentava resistência. Lúcio Tarquínio, filho de Tarquínio Prisco, espalhava dúvidas sobre a legitimidade do poder de Servio. Para neutralizar a oposição, o rei distribuiu aos cidadãos terras confiscadas dos inimigos vencidos e convocou uma assembleia popular para que o povo votasse sua confiança. O resultado foi decisivo: nenhum rei anterior havia sido eleito com tamanha unanimidade.