Guerra contra os Latinos

Território Latino, c. 630 a.C.

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Os latinos antigos, observando que Ancus Marcius — neto de Numa Pompílio e conhecido por sua piedade — subira ao trono, interpretaram a eleição como sinal de fraqueza romana. Acreditando que um rei religioso jamais iniciaria guerra, tomaram coragem e começaram a fazer incursões no território romano, testando os limites da nova liderança.

Ancus, contudo, não era Numa. Embora compartilhasse a devoção religiosa do avô, compreendia que Roma precisava defender seus interesses pela força quando necessário. Antes de responder militarmente às provocações, porém, estabeleceu rituais específicos para serem oferecidos aos deuses em tempos de guerra — procedimentos solenes que deveriam preceder qualquer campanha militar romana. Com isso, demonstrou que religião e guerra não eram incompatíveis, mas que a segunda deveria estar subordinada à primeira através da observância correta dos ritos.

Apenas depois de assegurar o favor divino através dos sacrifícios apropriados, Ancus marchou com um exército recém-formado contra os latinos. As campanhas foram breves e decisivas. Em poucas batalhas, subjugou os povos que haviam ousado desafiar Roma, provando que a piedade religiosa não significava fraqueza militar. No retorno à cidade, dispondo de imenso saque conquistado nas campanhas, Ancus pôde financiar extensas obras públicas que beneficiariam toda a população romana.