Roma, c. 590 a.C.
Tarquínio Prisco empreendeu série de campanhas militares que expandiram dramaticamente o território romano. O rei estava preparando uma muralha de pedra para fortalecer Roma quando conflitos com os sabinos interromperam seus planos de construção. Tarquínio suspendeu imediatamente as obras e marchou contra os sabinos. Após série de confrontos, venceu a guerra e retornou a Roma em triunfo, com abundante saque que financiaria seus projetos urbanos.
Em seguida, voltou sua atenção para os latinos antigos, que representavam ameaça persistente à dominação romana na região. Tarquínio adotou estratégia sistemática: ao invés de enfrentar uma coalizão latina unificada, cercou cada cidade individualmente, impedindo que se organizassem em defesa comum. A campanha foi metódica e eficaz.
Foram conquistadas sucessivamente as cidades de Corniculo, Ficulea, Vecchia, Cameria, Crusumerium, Ameriola, Medullia e Nomentum — todas submetidas à autoridade romana. Com cada vitória, Roma incorporava novos territórios e populações, ampliando sua base de poder.
Com os vastos recursos obtidos nas conquistas, Tarquínio pôde reiniciar a fortificação de pedra de Roma, obra abortada no início da guerra com os sabinos. Também mandou realizar a drenagem das partes baixas da cidade através de sistema de canais inclinados que direcionavam as águas ao Tibre, tornando habitáveis áreas anteriormente alagadiças e expandindo assim o espaço urbano disponível. As conquistas militares financiavam a transformação física de Roma em cidade monumental.