Reia Sílvia

Nascimento e Morte

c. 790 a.C. – 740 a.C.

Descrição
Feitos
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Reia Sílvia era filha de Numitori, governante de Alba Longa. Seu destino mudou drasticamente quando Amúlio, irmão mais novo de seu pai, depôs Numitori do governo. Tomado pela inveja e pela tirania, Amúlio não se fez satisfeito apenas de usurpar o poder de seu irmão: quis ainda eliminar os filhos homens de Numitori para que não houvesse qualquer ameaça futura ao seu governo ilegítimo.

Para assegurar que Reia Sílvia não gerasse herdeiros legítimos que pudessem um dia reivindicar o trono, Amúlio nomeou a sobrinha como sacerdotisa do templo de Vesta. Como o templo só aceitava novas sacerdotisas de até dez anos de idade, supõe-se que Réia Sílvia era ainda uma criança e não passava dessa idade quando foi admitida ao templo. Esta nomeação, aparentemente honrosa, carregava uma condenação implícita — as vestais eram obrigadas a uma virgindade perpétua, de modo que Reia Sílvia jamais poderia ter descendentes que contestassem a autoridade do usurpador.

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O plano de Amúlio, contudo, foi frustrado pelas circunstâncias. Reia Sílvia, possivelmente vítima de estupro, deu à luz gêmeos. O nascimento dos meninos representava uma ameaça direta ao poder de Amúlio, que imediatamente ordenou que a sobrinha fosse presa e que os recém-nascidos fossem jogados no Tibre para morrerem afogados.

Os bebês, entretanto, sobreviveram. Foram encontrados por Faustolo, pastor chefe do rebanho real, que os criou entre os pastores e lhes deu os nomes de Rômulo e Remo. Anos mais tarde, quando os gêmeos descobriram sua verdadeira identidade através de Faustolo e de Numitori, organizaram um duplo complô contra o tirano. Enquanto marchavam os pastores com Rômulo, Remo corria em auxílio com outra equipe da casa de Numitori. Assim, Réia Sílvia foi libertada, Amúlio foi morto e Numitori restaurado ao governo.